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Maio 2018
Material de Marketing

Biotecnologia: difícil de equiparar

As empresas de biotecnologia estão a prosperar existindo atualmente mais de 700 cotadas em mercados acionistas internacionais1. Qual é o segredo da sua competitividade?

As empresas farmacêuticas estão a perder terreno para um novo tipo de fabricantes de medicamentos. Enquanto as empresas farmacêuticas criam medicamentos químicos, as empresas de biotecnologia utilizam organismos vivos, como bactérias ou enzimas, no fabrico dos seus produtos. Além disso, o conhecimento aprofundado sobre o ADN humano tem permitido às empresas de biotecnologia concentrar a sua atenção em doenças específicas com uma precisão muito superior à das empresas farmacêuticas convencionais. Prevê-se que a indústria tenha uma taxa de crescimento de 15 a 20% ao ano2. Isto significa que se espera uma taxa de crescimento de 6% nas vendas totais de medicamentos sujeitos a receita médica em todo o mundo até 20223. Mais de 700 empresas de biotecnologia estão atualmente cotadas em mercados acionistas internacionais1. As receitas totais das empresas de biotecnologia cotadas aumentaram sete vezes entre 2000 e 2016, de pouco mais de 20 mil milhões de dólares para quase 140 mil milhões de dólares.1

Sucessos dignos de nota

As empresas de biotecnologia já alcançaram alguns sucessos dignos de nota. "Um bom exemplo é a cura para a Hepatite C, desenvolvida por uma grande empresa americana de biotecnologia", afirma Marie-Laure Schaufelberger, Especialista de produto para o fundo Pictet-Biotech. No entanto, a cura implica um preço elevado. Um tratamento de três meses pode custar entre 70.000 e 100.000 dólares4. Existem dezenas de empresas de biotecnologia com um ou mais produtos que se encontram na fase final de desenvolvimento clínico antes da aprovação do regulador americano, a FDA.

Uma indústria a ter em atenção

Na indústria farmacêutica convencional, quando a patente de um medicamento bem-sucedido caduca, é comum que o respetivo fabricante tenha receio de que as empresas de genéricos repliquem e comercializem o medicamento com um desconto significativo. Uma vez que as patentes sobre a Aspirina já foram registadas há muito tempo, outras empresas que não a Bayer, a inventora da Aspirina, podem fabricar e vender o medicamento. Isto explica o motivo pelo qual um comprimido custa apenas alguns cêntimos. A empresa de consultoria EvaluatePharma estima que as empresas farmacêuticas irão perder receitas no valor aproximado de 80 mil milhões de dólares entre 2017 e 2020, como resultado desta competição crescente3. Para as empresas de biotecnologia, este risco é consideravelmente mais baixo. “Quem quiser fabricar um medicamento semelhante a um medicamento biotecnológico cuja patente caducou, também conhecido como biossimilar, tem primeiro de provar que o produto tem exatamente as mesmas características biológicas da cura original”, explica Marie-Laure Schaufelberger. "Isto é muito mais complexo do que no caso dos medicamentos farmacêuticos convencionais, em que apenas é preciso mostrar que a composição química é semelhante."

Grande obstáculo para a concorrência dos genéricos

Nos Estados Unidos, as empresas que pretendam apresentar uma cópia genérica de um medicamento biotecnológico cuja patente caducou enfrentam um obstáculo adicional. "Estes medicamentos têm de passar por ensaios clínicos semelhantes aos do medicamento biotecnológico original", afirma Marie-Laure Schaufelberger. “Além de capital e experiência vastos, também serão necessários laboratórios de alta qualidade para fabricar cópias genéricas em segurança e de forma eficaz e para competir com um produto bem-sucedido após a respetiva patente ter caducado. Entre as empresas que têm todos esses ativos estão muitas das grandes empresas de biotecnologia. Se tomarem as decisões corretas, poderão ter potencial para aproveitar uma nova fonte de receitas. Acreditamos que a dinâmica da indústria da biotecnologia a torna uma área de investimento interessante."

Acreditamos que a dinâmica da indústria da biotecnologia a torna uma área de investimento interessante.

Marie-Laure Schaufelberger, Especialista de produto

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